Registo de domínios TOP – Um investimento elevado, mas necessário

A ICANN – Internet Corporation for Assigned Domains and Numbers -, após intenso e longo debate, aprovou oficialmente as novas gTLDs (domínios genéricos de topo). Esta decisão vai permitir a cada empresa, organização, ou mesmo pessoa, mediante um investimento de dezenas de milhares de dólares, criar e registar uma extensão associada à sua marca/empresa. Inicialmente pensada com a intenção de motivar as empresas a desenvolver novas oportunidades de utilização da rede, e incrementar a competitividade online, esta iniciativa não deixa de ser polémica.

Já com data marcada para disponibilização – 2013 – e o “Application Guidebook” (manual que explica passo a passo, como criar um gTLD) já actualizado e pronto para ser distribuído, estas novas gTLDs não são tão simples e acessíveis como se pensa.

É fundamental que a entidade que queira registar um domínio de topo faça um grande investimento em infra-estruturas e hardware – além da taxa de 185.000 doláres que tem de pagar – pois não só tem de o criar e registar, como também tem de o manter operacional. E claro, cada candidatura tem de ter a aprovação da ICANN.

Na verdade, apenas uma centena de empresas e colectividades se apresentaram como candidatas. Para beneficiar finalmente da sua própria extensão, estas empresas deverão realizar um investimento que não estará ao alcance de todos. Infelizmente, mesmo que estes domínios não sejam utilizados, as marcas têm todo o interesse em registá-los o mais rapidamente possível. Antes de serem ultrapassadas por piratas que os utilizarão para fins desonestos.

Vista deste prisma, a possibilidade de renovar o leque de domínios poderá ser mais um prejuízo do que uma oportunidade de fomentar oportunidades comerciais aos maiores grupos empresariais do mundo.

Por Claudio Corbetta,

Managing Director do Grupo Dada